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HPV atinge mais da metade dos jovens entre 16 e 25 anos, aponta estudo

Alguns tipos de HPV podem causar câncer, principalmente no colo do útero e ânus

HPV, termo em inglês para Papilomavírus Humano, são vírus da família Papillomaviridae, que têm a capacidade de causar lesões na pele ou mucosas. Nos genitais, provocam verruga comum e verruga genital ou condiloma, popularmente conhecida como “crista de galo”.

Atualmente, existem mais de 200 tipos de HPV; alguns deles podem causar câncer, principalmente no colo do útero e ânus. Estima-se que cerca 50% das pessoas sexualmente ativas irão entrar em contato com o HPV, em algum momento da vida, e 80% das mulheres terão esse contato até os 50 anos de idade.

Formas de transmissão

O HPV é transmitido basicamente pelas relações sexuais desprotegidas, o que inclui contato oral-genital e genital-genital. Existe uma forma de contágio mais rara, que é por meio do parto.

Sintomas comuns

  • Verrugas isoladas ou agrupadas nos órgãos genitais

  • Coceira

  • Irritação

  • Lesões no pênis, ânus, vagina, vulva, colo do útero, boca e garganta


Diagnóstico

Na presença dos sintomas indicados acima, é importante buscar ajuda médica. Além disso, para as mulheres, a realização periódica do exame do Papanicolau é o preventivo do câncer de colo de útero mais comum. Ele não detecta o vírus, mas sim as alterações que ele pode causar nas células. Entre os homens, o diagnóstico pode ser feito por meio da peniscopia. Converse com o seu médico.

Vacinação

O Ministério da Saúde disponibiliza nos postos de saúde a vacina contra o HPV para meninas de 9 a 15 anos, meninos de 11 a 15 anos e pacientes com HIV/aids, oncológicos e transplantados de 9 a 26 anos. A imunização deve ser feita em duas doses.

 

Pesquisa

Dados de uma pesquisa preliminar divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde apontam que 54,6% dos jovens brasileiros entre 16 a 25 anos estão infectados pelo HPV. Do total de casos verificados, 38,4% são de tipos de alto risco para o desenvolvimento de câncer.

A pesquisa, que foi desenvolvida em parceria com diversas instituições de saúde, entre elas o Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre (RS), Universidade de São Paulo (SP), Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, analisou 7.586  jovens, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), de 26 capitais brasileiras e Distrito Federal.  

De acordo com os pesquisadores, os resultados são preliminares e produzidos por meio de estimativas. As análises finais devem incluir mais municípios brasileiros e serão totalmente encerradas em março de 2018. No entanto, os autores do estudo acreditam que o dado divulgado (de 54,6%) pode ter uma variação não maior que dois pontos percentuais.

Os jovens analisados tiveram amostras genitais e orais para a detecção do HPV. Cerca de 51% afirmou usar preservativo nas relações sexuais. Apenas 41,1% usou na última vez que fez sexo. E o comportamento sexual de risco foi observado em 83,4% dos participantes.

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