Como identificar a dislexia Distúrbios
Home > Matérias > Distúrbios > Como identificar a dislexia
Trocar letras e palavras pode indicar dislexia; saiba mais
Transtorno de aprendizagem afeta um em cada 10 pessoas e não interfere na capacidade intelectual do indivíduo
Uma em cada 10 pessoas no mundo tem dislexia, um transtorno de aprendizado, de origem neurobiológica e genética, caracterizado por dificuldades na decodificação e reconhecimento de palavras.
Muitas dos indivíduos que têm esse problema não sabem e permanecem sem o diagnóstico adequado, o que resulta em dificuldades nos ambientes profissionais e acadêmicos e em baixa autoestima.
A dislexia não reflete na capacidade intelectual. Existem muitas pessoas brilhantes e criativas com o transtorno, como, por exemplo, o famoso diretor de cinema, Steven Spielberg. Thomas Edison, um dos maiores inventores e cientistas da história, também tinha dislexia.
Como identificar a dislexia
Veja a seguir alguns sinais que podem indicar dislexia, de acordo com a Associação Brasileira de Dislexia:
Crianças:
Sinais na Pré-escola
-
Dispersão;
-
Fraco desenvolvimento da atenção;
-
Atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem
-
Dificuldade de aprender rimas e canções;
-
Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
-
Dificuldade com quebra-cabeças;
-
Falta de interesse por livros impressos.
Sinais na Idade Escolar
-
Dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita;
-
Pobre conhecimento de rima;
-
Desatenção e dispersão;
-
Dificuldade em copiar trechos de livros e da lousa;
-
Dificuldade na coordenação motora fina (letras, desenhos, pinturas etc.) e/ou grossa (ginástica, dança etc.);
-
Desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalho escolares e perda de seus pertences;
-
Confusão para nomear entre esquerda e direita;
-
Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc.;
-
Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas;
Adultos
-
A leitura de materiais escritos pode ser lenta e com erros na identificação das letras, o que faz com que a pessoa não consiga entender adequadamente o sentido dos textos
-
Erros de trocas de letras e esquecimento ou confusão em relação às regras ortográficas e gramaticais
-
Dificuldades para acompanhar o aprendizado de línguas estrangeiras
-
Dificuldades para entender instruções verbais breves e números de telefone,
-
Dificuldades com planejamento, organização de tarefas e do tempo.
-
Memória imediata prejudicada
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da dislexia é normalmente feito por uma equipe multidisciplinar de profissionais, que inclui psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas e clínicos gerais. Primeiro, antes de afirmar que a pessoa tem o distúrbio, os especialistas irão verificar se existe alguma deficiência visual ou auditiva, déficit de atenção, entre outras condições, que podem interferir no aprendizado.
A dislexia não tem cura, mas existem intervenções realizadas por especialistas de diversas áreas (pedagogia, fonoaudiologia, psicologia, entre outras) que ajudam a estimular a melhora no processo de aprendizagem.
Estratégias para o dia a dia
Crianças
-
Durante à leitura, uma estratégia eficaz é ler junto com a criança para que ela possa identificar as pontuações.
-
Buscar a ajuda de recursos audiovisuais, como historinhas infantis ilustradas e acompanhadas de áudio, podem ajudar na compreensão da criança.
-
Incentive o pequeno a usar marcadores para identificar passagens importantes dos textos.
Adultos
-
Durante as aulas na faculdade, usar um gravador pode ser muito útil para não precisar anotar as falas do professor.
-
Grifar palavras e ideias centrais dos textos, além de anotar as expressões-chave de parágrafos e posteriormente elaborar resumos, podem ajudar no aprendizado.
-
Buscar estratégias de memorização por associação de ideias pode ajudar a aumentar a memória breve.