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Riscos da Obesidade na Gravidez Saúde da Mulher

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Obesidade Gestação

A obesidade é uma doença crônica relacionada a problemas sérios de saúde. Na gravidez, essa condição é ainda mais preocupante e pode trazer diversas complicações para a mãe e o bebê. De acordo com estimativas de um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o excesso de peso está presente em 25% das gestações no Brasil.

Entre as principais consequências da obesidade nessa fase da vida da mulher está a pré-eclâmpsia, condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial e uma das principais causas de morte materna. Sem controle, a pré-eclâmpsia pode alterar o funcionamento renal da mulher e resultar em eclâmpsia, cuja característica principal é a convulsão, o que pode ser fatal.  

Outra complicação frequente entre as gestantes obesas é o diabetes gestacional. Apesar de a gestação naturalmente aumentar a resistência das mulheres à insulina, o acúmulo de gorduras faz com que isso ocorra de forma mais acentuada, favorecendo o desenvolvimento do diabetes gestacional - o que por sua vez eleva as chances de parto ser cirúrgico e desenvolvimento de diabetes no futuro.

Apneia do sono, eventos trombóticos e infecções urinárias e placentárias são outras possíveis consequências da obesidade na gravidez. Além disso, há uma maior prevalência de cesárias, independentemente de surgirem ou não complicações pré-natais. Isso porque durante o parto normal existem dificuldades para a saída do bebê, que normalmente tende apresentar um peso maior e ombros largos.

Vale ressaltar também que o parto cirúrgico de gestantes obesas aumenta as probabilidades de complicações, como perda excessiva de sangue, maior tempo de operação e dificuldades para cicatrização de feridas.

Consequências para o bebê

A macrossomia fetal, termo utilizado para definir recém-nascidos com peso igual ou superior a 4 kg, é a complicação mais frequente entre os bebês de mulheres obesas. Essas crianças, normalmente, apresentam uma maior predisposição à obesidade no futuro.

Além disso, há uma maior incidência de malformações congênitas relacionadas, principalmente, a defeitos do tubo neural. Isso ocorre porque o excesso de gorduras interfere na metabolização do ácido fólico, vitamina fundamental para o desenvolvimento neurológico do bebê. Assim, a suplementação desse folato acaba não sendo eficiente.


Peso saudável

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o ganho de peso em gestantes com Índice de Massa Corporal (IMC) normal, que é de 19,8 a 26,0, deve ficar entre 11,5 kg a 16 kg. Aquelas que já são obesas, ou seja, possuem um IMC acima de 30 (segundo os padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde), devem evitar um ganho acima de 7 kg na gravidez.  A melhor maneira de diminuir os riscos causados pela obesidade é perder peso antes de engravidar. Especialistas apontam que perder entre 5-7% do peso atual pode melhorar a saúde como um todo e preparar o caminho para uma gravidez mais saudável. Se você está acima do peso e planeja engravidar, peça orientações ao seu médico. 


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